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quarta-feira, 29 de junho de 2011





























Auguste Renoir, No terraço, 1879

























Vincent van Gogh, Terraço do café, 1888



















Almeida Junior, Leitura, 1892

sábado, 25 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

delicadeza
de.li.ca.de.za
sf (delicado+eza) 1 Qualidade do que, ou de quem é delicado.2 Brandura, ductilidade, ma­cieza, moleza. 3 Debilidade, fraqueza. 4 Fragili­dade. 5 Delgadeza, finura. 6 Doçura, suavidade, ter­nura. 7 Mimo. 8 Delícia, voluptuosidade. 9 Apuro, esmero, perfeição, primor. 10 Escrúpulo, melindre, sensibilidade. 11 Atenção minuciosa, cuidado, discrição. 12Dificuldade, embaraço, sutileza: A delicadeza de uma situação.13 Qualidade daquilo que se­ sente e exprime de maneira delicada. Antôn (acep­ção 6): grosseria.

domingo, 19 de junho de 2011

                     I
Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.

                    IV

Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo. Por que não posso 
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?

                     V

Existe a noite, e existe o breu.
Noite é o velado coração de Deus
Esse que por pudor não mais procuro.
Breu é quando tu te afastas ou dizes
Que viajas, e um sol de gelo
Petrifica-me a cara e desobriga-me 
De fidelidade e de conjura. O desejo
Este da carne, a mim não me faz medo.
Assim como me veio, também não me avassala.
Sabes por quê? Lutei com Aquele. 
E dele também não fui lacaia.


Do Desejo (trechos), Hilda Hilst (1992)

domingo, 12 de junho de 2011



Maria Callas (1923-1977) 
Habanera, da ópera Carmen, de Bizet. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

sábado, 4 de junho de 2011

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo, 
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!


Mario Quintana. Extraído do livro "Quintana de bolso", Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59, seleção de Sergio Faraco.





























Compagnie Dave St-Pierre, "Un peu de tendresse bordel de merde!"