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domingo, 24 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

















































































Em algum dia de setembro do ano que vem eu espero estar neste lugar. :) Enquanto setembro não chega, a gente fica só imaginando com vai ser, né? E algo me diz que será um passeio bem romântico...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

botei pra ele uma blusa rosa chá com babado e renda de ombro a ombro. sob a transparência e algumas flores, olhou as borboletas coloridas estampadas na pele. lembro dele passando os dedos por ali, a perceber o que quase se mostrava embaixo do pano, o que não se via e o que imaginava. era tudo só pra ele. e ele sabia. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012



porque com música é melhor ;0






#imagensroubadas

fotos: Marco Aurélio Prates
espetáculo: 180 dias de inverno
roubadas de Ludmila Ramalho

quinta-feira, 14 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

da série #textosroubados, haha! coisas que a gente vê (e lê) por aí.

na verdade, não entendi muito bem o motivo de tanto drama, e achei o escritor até meio bobo (apesar do texto ser ótimo) por fazer questão de encenar um papel tão tão deprimente por causa de um país, mas também me vi na pele dele quando tentei, de todas as formas, cursar o mestrado na puc no ano passado... e além disso, creio que com as minhas credenciais, haha, também não entraria nos estados unidos. o texto é interessante, anyway.


Pequena humilhação

As pessoas que me conhecem e os alunos dos cursos que já ministrei nessa vida podem me criticar por muitos motivos, menos por falta de admiração pela literatura norte-americana. Todos eles já me ouviram, pelo menos uma vez, falar com entusiasmo da prosa magistralmente precisa dos contos de Ernest Hemingway, dos romances pantanosos (geniais!) de William Faulkner e da sofisticação do estilo de F. Scott Fitzgerald.
Dos quatro livros que J. D. Salinger escreveu, já comprei no mínimo dez exemplares de cada, e mesmo assim não tenho, hoje, nenhum “Franny & Zooey” ou “O Apanhador no Campo de Centeio” comigo, pois são histórias com que gosto de presentear amigos e parentes e cujos personagens eu gostaria que eles amassem tanto quanto eu amo.
De Philip Roth sou fã de “Homem Comum” e “O Complexo de Portnoy”; “As Aventuras de Huckleberry Finn”, de Mark Twain, é um texto vigoroso como poucos; Flannery O’Connor e Raymond Carver estão sem dúvida entre os meus contistas preferidos. Passei muitas noites de insônia lendo a poesia apocalíptica de Allen Ginsberg e muitas manhãs felizes lendo as “Folhas de Relva” de Walt Whitman. Gosto de Jack Kerouac, de Hunter Thompson e de Joseph Mitchell. E há alguns anos e. e. cummings é o poeta que mais me comove.
Falei da literatura. Poderia ter falado, com menos propriedade mas com igual deslumbramento, do cinema, do jazz, de Jackson Pollock. 
Em todo caso, quero falar de Bob Dylan. Na minha opinião, ele é o ser vivo (não dá pra dizer que Bob Dylan seja exatamente um ser humano; ele é menos ou mais que isso, um semideus ou um saci do Mississippi) mais importante do planeta. O mais talentoso, o mais complexo, o mais extraordinário herói da linguagem.
Só com o que eu gastei em CDs, DVDs e livros sobre ele daria pra comprar uma moto. Uma vez dei um jantar pra vinte pessoas e, cinco horas e trinta garrafas de vinho depois, elas saíram de casa com toda a minha coleção de CDs desse “Shakespeare de camisa de bolinhas”, como Bono Vox o definiu. Eu devia estar num espírito de apóstolo, sentindo a necessidade de “espalhar a Palavra”. No dia seguinte, de ressaca, chorei de arrependimento. Aos poucos, fui refazendo minha coleção.
Mas nada disso quis saber o oficial do consulado dos Estados Unidos que, há duas semanas, (mal) me entrevistou e me negou o visto de entrada pro seu país. Quando perguntou minha profissão e eu disse escritor (ia dizer poeta, mas temi que ele me imaginasse como um engolidor de fogo ou um atirador de facas de um circo vagabundo de algum país latino-americano e peguei leve), ele pediu minha declaração de imposto de renda e meu extrato bancário. Aí perguntou se eu tinha algum imóvel no meu nome e se era casado. Não tinha. Não era. Ele disse que meu salário era muito baixo e me mandou embora.
Não será, portanto, dessa vez que os Estados Unidos e eu teremos a honra de nos conhecer.
Consola lembrar que sempre teremos Paris.


Fabrício Corsaletti, sobre o visto negado pros EUA.

terça-feira, 12 de junho de 2012

depois de ganhar um arlindo machado de presente de dia dos namorados, de tomar cappuccino de chocolate com creme, de ver meu amor usando seu lindo pullover, a gente voltou no mesmo motel do centrão de cinco anos atrás. nós já chegamos a essa conclusão, mas é sempre bom lembrar, mesmo em silêncio (porque hoje eu não disse, nem ele): nesse caso, as melhores coisas acontecem nos piores lugares.

pegamos carona pra voltar pra casa, mas antes disso, eu e ele ficamos no ponto do ônibus olhando pra saia e pros decotes das mulheres na rua, pras camisas apertadas dos marombados feios e "gatões"... pra essa gente que se vestiu adequadamente pra ocasião, diferentemente de mim, que botei meu velho tênis all star, minha amarrotada calça caqui  aquela blusa surrada com estampa de florzinha que não aguento mais. no estilo, neám! ele, ao contrário, estava impecável no seu pullover xadrez e gravata listrada. me mata de ódio e  de tesão...

a mentira: não tem nada mais excitante que um homem elegante e uma mulher mal enjambrada...parece até cena de filme! é claro que pensei isso pra não me subestimar, mas vai ver que é justamente nisso que reside a parcela mais significante do meu romantismo...

a gente tentou adivinhar se as moças já tinham comido seus homens ou se ainda iriam comer, se os casais de pseudo ricos que saíam do sesc palladium já tinham feito o que tinham que fazer ou iam continuar discutindo a peça, o show ou o filme sobre "não interessa. estou pensando no que vai acontecer depois", que eles usaram como preliminar pro sexo ou pretexto pra depois não ouvir que eles nunca fazem nada romântico, aff....enfim, pensamos se eles iriam ou não comemorar dignamente o dia dos namorados como nós, hahaha!

e depois de me contar sobre o desespero de um colega de trabalho solteiro que estava em busca de alguém exclusivamente para esta ilustre noite, pensei se todos, cada qual ao seu modo, seguem essas regrinhas inventadas estúpidas das datas comemorativas. vejamos: será que todos os casais trocam presentes? será que a maioria espera mesmo ouvir algo romântico e se chateia se não ouvir? será que a maioria está realmente afim de sexo? será que os policiais que vimos no motel passaram por lá só pra checar a identidade falsa de alguma mocinha menor ou foram fazer um ménage à trois? será que todos os solteiros vão conseguir encontrar uma transa casual? será que temos todos que transar nesse dia, ora?

eu estava realmente afim, mas quem diria o contrário? olhando por esse lado, nós dois somos muito convencionais: trocamos presentes, saímos pra comemorar, transamos...só não botei decote e perna de fora, mas o pullover, a gravata e o terno dele compensaram o meu desleixo.

é ridículo pensar que na minha cabeça, no entanto, a gente é diferente de todos os outros! nossos assuntos são únicos, dos mais diferentes e intrigantes! nosso café é o melhor e nossos dramas são melhores. nosso sexo é melhor e por aí vai... vai ver que romantismo é isso mesmo, fazer tudo igual, só que diferente. ou seja, romantismo não existe. e não deve existir mesmo, é tudo inventado pra alimentar o capitalismo, etc, etc, etc... claro, românticos de verdade, só eu e fred.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"O quase ser algo é um modo de ser. Tem o pleno direito e deve ser reconhecido, deve ser admitido na cidade filosófica, na cidade metafísica: as coisas que quase são. Até porque nós quase somos, nós vivemos quase sendo o que gostaríamos de ser."

Viveiros de Castro sobre a morte e seu "quase acontecimento", o "quase ser" e outras cositas mas.http://www.youtube.com/watch?v=aWez3Aq_dEs

quarta-feira, 6 de junho de 2012

#imagensroubadas



































Foto da Janine Avelar (fotógrafo não identificado)




terça-feira, 5 de junho de 2012

Na turma da disciplina Imagem e Mediação do mestrado da UFMG não tem nenhum aluno negro. Nenhum! Imagino que não deva ter também nenhum ex-aluno bolsista do PROUNI, exceto eu.

No mês de maio participei de um processo seletivo para trabalhar em uma agência daqui de beagá. Enviei o meu currículo e fui chamada para uma entrevista. Logo após a entrevista, me disseram que gostaram do meu perfil e que, por isso, gostariam de, imediatamente, me direcionar para outra etapa do processo. Fiquei feliz e neste mesmo dia conversei com um dos diretores de lá. Ele gostou de mim, eu gostei dele, falei pra mim mesma: acho que rola, rs! Bem, fui pra casa e, em menos de uma semana, recebi outro e-mail, no qual eu era convidada a seguir com o processo. Fiquei mais feliz ainda e fui pra lá porque todas as etapas eram presenciais. Desta vez, o papo foi mais sério, e conversei com um dos sócios da agência. Mandei bem, pensei. Acho que rola, hein!? Fui pra casa...Não se passaram nem três dias e o RH (sim, a agência tem RH!!) me chamou para fazer um teste psicológico e de personalidade...bora lá! Fui. Risquei um mocado de pauzinho no papel, depois identifiquei umas letrinhas que pareciam ser todas iguais e, em seguida, resolvi cerca de 50 questões de lógica em 40 minutos!!!! Uau!

Passados quarenta minutos, eis que surge novamente a assistente de RH na sala em que estava, com sorriso no rosto, ela disse: "Terminou? Ok, Marina. Eu vou corrigir o seu teste e em breve nós entraremos em contato para te dar um retorno sobre o processo."

Saldo do Processo Seletivo:

Envio de currículo: 1 e-mail
Marcação da entrevista: 1 e-mail
Entrevista com RH (inclui sapato novo, unhas feitas e dor de cabeça): 4 passagens de ônibus e almoço
Entrevista Técnica (inclui diretor gente boa): ilusão de que vai dar tudo certo
Marcação de nova entrevista: 1 SMS, 1 ligação de celular + 1 e-mail
Entrevista com o sócio (inclui perguntas nada a ver sobre a profissão dos meus pais e surpresa quando digo o quanto pretendo ganhar pelo trabalho): 4 passagens de ônibus, almoço e um misto de "a vaga é minha" com "sou o cocô do cavalo do bandido"
Marcação de teste psicológico: 1 e-mail
Teste psicológico: 4 passagens de ônibus + almoço + "acho que não sou normal" + "mas quem é?" + "que bom que é a última etapa".

Saldo Final:

1 semana após a realização da última etapa: 1 e-mail pedindo retorno. sem resposta.
2 semana após a realização da última etapa: + 1 e-mail pedindo retorno (com cópia para a analista de RH) sem resposta.

4 semanas após a realização da última etapa: nada. Nenhum retorno da agência, sequer se deram ao trabalho de enviar o famoso:

"Prezada Marina,

Agradecemos a sua participação em nosso processo seletivo, mas infelizmente você não foi selecionado para a vaga X. No entanto, gostamos muito do seu perfil e por esta razão, seu currículo permanecerá em nosso banco de dados para oportunidades futuras.

Atenciosamente,

Empresa que está se lixando para você."

Sobre o comentário acerca dos negros, ou melhor, da ausência de negros na UFMG, prefiro nem comentar nada. Uma coisa não tem a ver com a outra, mas o sentimento de não pertencimento é o mesmo em ambos os casos. Academia e Mercado, cada qual guarda suas safadezas, abusos e sacanagens, ao seu modo, e seguem escancarando as desigualdades da vida social na nossa cara. Coisas que só quem vive a diferença entende...
#imagensroubadas







































Foto da Débora Vieira (autor não identificado)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Primeira foto da série: #imagensroubadas




















Rio de La Plata, Argentina.

Foto do Gustavo Bones

domingo, 3 de junho de 2012






























































Fiquei muito emocionada, sabe... lembrei de quantas vezes eu vi nos livros de arte lá do Padre Marzano Mathias, escola que estudei até a 8ª série, as fotos das pinturas do Caravaggio. Naquela época, eu pensava que só veria coisas assim quando viajasse pra Itália (e ia demorar muito), mas não. Elas vieram até mim, lá na puta que pariu daquele Belvedere, mas vieram! Incrível!