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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mas o que estamos fazendo? 
Saindo da cama
apertando parafusos
respirando ar pesado 
chorando de tristeza 
de alegrias 
de solidão?


O que estamos fazendo? 
Esperando que alguém chegue
que alguém se vá 
que venha nos salvar 
Esperando aquele emprego 
que nunca quisemos 
pra nos reificar? 


O que queremos? 
Contamos com a sorte
Com a benevolência do destino
Com as roupas lavadas
Com o carro na garagem 
o shopping pra sublimar? 


Com o que sonhamos? 
Com a liberdade 
com a satisfação 
com um beijo doce
com a nostalgia 
de um tarde de mar? 

Às vezes eu fico triste.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011

Nas redes sociais se diz tanta bobagem que às vezes eu fico com pena de mim por ter que ler tanta merda junta em uma time line. Por essa razão decidi poupar meus colegas de algumas bobagens que eu digo e vou colocá-las somente aqui. Como garantem as socialites de São Paulo, isso é uma questão de justiça social. Não tenho a menor dúvida.
Da série: Filosofia de buteco

O que você quer da vida? Pergunta estranha.
Por que ninguém nunca pergunta o que a vida quer de nós? 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Da série: Billy, o cãozinho (do mal) 


Billy, o cãozinho, bebeu da fonte de tom zé: é um subvertedor da ordem, do respeito e da lei. Quando os cômodos da casa estão fechados, ele, num ato de rebeldia, mija nas portas, em todas elas, uma a uma, espalhando gotinhas amarelas de urina pela casa. Em seguida, olha pra mim feliz e me arranha o braço, exigindo carinho.  Atendo imediatamente o pedido. Sim, sou submissa aos caninos. 



31 de Outubro de 2011
Marina Bessa
Amigo, me esclarece uma coisa: o uso recorrente da palavra "merda" nos diálogos das novelas da Globo pode ser considerada uma tendência narrativa da teledramaturgia brasileira? Estou impressionada com essa incrível "adequação" de linguagem! Hahahaha!
Rafael Drumond
hahahahahahahahaha
sim, é uma inovação na linguagem teledramatúrgica, que, de forma geral, é afinada às competências dos espectadores que lhe prestam audiência.
hahahahaha
antigamente era bosta, hj é merda, em breve vai ser cu msm.
Marina Bessa
Acho digno! Nada melhor que "CÚ" dito assim bem alto e retubante no ar!


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ó vida
Como eu te amo, vida!

Tudo posso ter de ti

Me darás?

Fecho meus olhos e sinto sua brisa
fresca
fria
leve

Seus campos verdejantes

Se viajo pra bem próximo
Vejo o mar
seu soluço
e clara espuma

Se ouço o vento
faço música

Se caio morta em terra
sou eterna

Ó vida o que mais posso querer?
Percorrer caminhos que ainda não fui?
Saltitar feliz por entre seus bosques?
Respirar o calor de cada raio de sol?

Escalar suas vastas montanhas
Explorar seus rios profundos
Passear por ruas inúmeras
perdidas num mapa que não se vê

Que posso eu?
Ser que de dinheiro depende
pelo medo se prende
de dor
de angústias
espera

Que posso eu querer?

Pobre de mim
Diante de sua exuberância, vida...
ouço a chuva cair
vejo o dia nascer
canto na noite as estrelas

Só sei contemplar-te
Não existe tempo melhor que esse
Não existe nada além
És completude
És por si só

Que sou eu?
Somente alguém que espera
Que crê em ti?

Alguém que desperta?
Não precisas deste mundo que fizemos para ti

És soberana
Os homens se perdem em objetivos rasos
não conseguem enxergar além

Sinto que nasci pra louvar a vida
Sou grata.

Amém.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

faço versos
                de rima fácil
conto palavras


escrevo de tédio
escrevo de gosto
se não escrevo
morro

quinta-feira, 10 de novembro de 2011


eddie, amor.
Nenhum mar é igual ao outro, por isso, navegar é preciso.
Não há dor maior que não ser. Eu sou parte no mundo, devo dizer.
Prometi não desistir dos meus sonhos. Sonho vivendo.
Não há desilusões. Se há morte, se ela é o fim, eu pairo no meio.