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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ó vida
Como eu te amo, vida!

Tudo posso ter de ti

Me darás?

Fecho meus olhos e sinto sua brisa
fresca
fria
leve

Seus campos verdejantes

Se viajo pra bem próximo
Vejo o mar
seu soluço
e clara espuma

Se ouço o vento
faço música

Se caio morta em terra
sou eterna

Ó vida o que mais posso querer?
Percorrer caminhos que ainda não fui?
Saltitar feliz por entre seus bosques?
Respirar o calor de cada raio de sol?

Escalar suas vastas montanhas
Explorar seus rios profundos
Passear por ruas inúmeras
perdidas num mapa que não se vê

Que posso eu?
Ser que de dinheiro depende
pelo medo se prende
de dor
de angústias
espera

Que posso eu querer?

Pobre de mim
Diante de sua exuberância, vida...
ouço a chuva cair
vejo o dia nascer
canto na noite as estrelas

Só sei contemplar-te
Não existe tempo melhor que esse
Não existe nada além
És completude
És por si só

Que sou eu?
Somente alguém que espera
Que crê em ti?

Alguém que desperta?
Não precisas deste mundo que fizemos para ti

És soberana
Os homens se perdem em objetivos rasos
não conseguem enxergar além

Sinto que nasci pra louvar a vida
Sou grata.

Amém.

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