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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

meu desejo é ter que fazer tudo pra não ter que fazer nada.
é só fazer aquilo que se quer, na hora exata da vontade mesmo.

o tempo passou e eu fiquei aqui
nesse computador fixo
e vi a chuva cair com força lá fora
destroçando tudo

é só mais uma tarde de fim de ano
as coisas se arrastam
o tempo escorre pingando do teto
 e esse total desconhecimento de ser

uma produtividade sem fim
a falta de finalidade mais pura
não há demora sem pressa

eu sinto desejos mútliplos
de ligar uma tela e projeção
reproduzir som de água caindo

de dormir com retalho carmim
de pisar em grama serena e vento

eu não vejo nada além da política das coisas todas
o mundo inteiro é contestação
eu luto por liberdade
pelo meu querer de sempre
sempre novo
nunca novo

eu quero não desejar nada que me ofereçam
alguns chamam isso de independência
outros de frescura
mas pra mim
liberdade existe só assim mesmo

quando o desejo é maior
mair que a própria existência

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