Hoje tivemos a primeira briga do ano. Eu avisei logo que estava de tpm pra ele já preparar o arsenal bélico, levantar a bandeira branca ou bater em retirada. Mas o adversário estava cansado da guerra no trabalho e eu acabei ficando só me lamentando mesmo por um dia meio inútil. No final das contas, ele estava certo, e eu errada.
Depois da briga, desfiz os meus caprichos, desci do salto e rumei de volta pro planeta Terra. É que ele é um estudioso dos óvnis e eu sou uma alienígena que vive no mundo da Lua.
Hoje gravei dois poemas em áudio e uma declaração de amor musicada. Ele pagou as contas e fez ponderações sobre a viagem. Antes disso, sonhei acordada três vezes com o dia do nosso casamento. Ele botou no papel as ideias concretas e já depositou o dinheiro. É fácil, ele tem senso de responsabilidade e eu gosto de dar trabalho.
E eu sou a desbaratinada. Até pularia de um precipício só por diversão, se não tivesse medo de altura. Ele carrega o casaco em tarde nublada pra não ficar resfriado. Eu pensei em acampar na praça com uns estranhos pra ser revolucionária.
Uma das perguntas que ele mais me faz é: Isso é seguro, amor?. Eu vejo os filmes de drama pra chorar no final. Ele se diverte com os seriados pastelões americanos. A gente brinca de lutinha e eu gosto quando ele me golpeia em um ataque de YAH inesperado. Lá em casa, ele prepara o café enquanto eu roubo a comida antes do lanche. Ano que vem vamos pra Buenos Aires, mas pra isso temos que economizar. É, eu estou aprendendo...
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