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sexta-feira, 4 de julho de 2014

comecei a fotografar em altamira e estava apavorada de fotografar pessoas. mas o david duchemin, disse que fotografar pessoas era o seu paraíso e o seu inferno. pois é. quando eu pensei, pela primeira vez na minha vida que eu poderia ser uma fotógrafa, foi a imagem da menina afegã, do steve mccurry,que apareceu que me veio à cabeça. e eu sabia que isso queria dizer alguma coisa: eu queria fotografar gente. é difícil porque por mais cara de pau que eu seja. ainda não é o bastante.

dia desses saí pela cidade pra fotografar. sou medrosa e dou pra trás em situações difíceis. comecei fazendo o mais fácil e parei em frente a várias paredes deterioradas. cliquei muitas.

a surpresa aconteceu quando, na janela aberta de uma casa que eu estava fotografando, surgiu um menino, um jovenzinho. Minha primeira reação foi desviar a câmera, mas algo me falou para ter colhões naquela hora, e num milésimo de segundo voltei a câmera pra janela, tirei a câmera do olho, sorri, fiz um sinal positivo para o menino e ele respondeu sorrindo também.

ele ficou ali posando pra mim por alguns minutos. fiquei tão excitada com a situação que me esqueci que estava fazendo fotos no modo manual é seria bacana experimentar outras configurações, testar outros enquadramentos, me aproximar, me afastar, enfim. eu tinha tempo.mas  não quis demorar muito. estava um pouco sem jeito. muito sem jeito, na verdade. pela primeira estava diante de um estranho, fazendo fotos. agradeci sorrindo e fui embora. só saiu porcaria, mas o rostindo do menino ficou gravado na memória. na minha.

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