quando eu era pequena, tinha um questionamento recorrente: por que eu era eu e não outra pessoa?
Quando a gente nasce, a gente já é alguém. mas quando a gente vai crescendo, a gente vira um tipo assim, meio a gente, meio os outros. depois a gente fica mais os outros do que a gente mesmo. pra depois fazer a curva, e criar um outro eu. esse outro eu, é diferente do que eu era quando nasci, que é diferente do que eu era quando fui crescendo, que também é diferente do que eu fui me transformando. esse eu, não sou eu, de fato. talvez ele seja uma projeção de tudo que eu experimentei, um espelho. ele é tudo o que eu sempre quis ser e o que eu aceitei em mim. tem gente que pode ser o contrário também: ser o que ela sempre negou. eu sou isso também. acho que já fui todo tipo de gente. perguntei muitas vezes se isso poderia ser verdade. eu sou fruto de muitas ficções.
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